...
||| MAIS ................

Aqui alguns dos livros que muito inspiram a nossa obra, a nossa viagem...
Clique no título e saboreie um pequeno trecho:


"A culltura de massa é indiferente à ecologia social. Ela responde afirmativamente à vontade de uniformização e indiferenciação. A cultura popular tem raízes na terra em que se vive, simboliza o homem e seu entorno, encarna a vontade de enfrentar o futuro sem romper com o lugar, e de ali obter a continuidade, através da mudança. Seu quadro e seu limite são as relações profundas que se estabelecem entre o homem e o seu meio, mas seu alcance é o mundo".

Livro: A NATUREZA DO ESPAÇO - Técnica e Tempo - Razão e Emoção, Milton Santos, Editora: HUCITEC.

topo


"Atitude holístico-ecológica/negação do antropocentrismo: a atitude de inclusão irrestrita propicia uma cosmovisão radicalmente ecológica (de panrelacionalidade e re-ligação de tudo); ajuda a superar o histórico antropocentrismo e propicia sermos cada vez mais singulares e ao mesmo tempo solidários, complementares e criadores. Destarte estamos em sinergia com o inteiro universo e por nós ele se anuncia, avança e continua aberto a novidades jamais antes ensaiadas, rumo à uma Realidade que se esconde nos véus  do mistério situado no campo da impossibilidade humana. Como já se disse, o possível se repete, o impossível acontece, Deus, aquele Ímã que tudo atrai, aquele Motor que tudo anima, aquela Paixão que tudo gera".
(...)
"Os índios tucanos do Alto Rio Negro conhecem nada menos que 140 tipos de mandioca, enquanto nós da agroindústria manejamos apenas meia dúzia. Quem é aqui primitivo? (...) Estudos em comunidades indígenas no Brasil e Venezuela revelam que eles sabem aproveitar ecologicamente 78% das espécies de árvores em seus territórios, sabendo-se que a biodiversidade da flora é espantosa, na ordem de 1200 espécies por área do tamanho de um campo de futebol. Aqui se revela uma capacidade de atuação e uma sabedoria de ambiental que ultrapassa de longe nossos centros mais avançados de experimentos em agroecologia. Nisso eles são nossos mestres e nossos doutores"

Livro: ECOLOGIA, O GRITO DA TERRA, O GRITO DOS POBRES - Leonardo Boff - Ed. Ática.
Leia também outros títulos do autor:
"ECOLOGIA, MUNDIALIZAÇÃO, ESPIRITUALIDADE", ed. Át
ica;
"O DESPERTAR DA ÁGUIA - O Sim-bólico e o Dia-bólico na construção da realidade", Ed. Vózes.

topo


"Na verdade das coisas, o que somos é uma nova Roma. Uma Roma tardia e tropical. O Brasil já é a maior das nações neolatinas, pela magnitude populacional, e começa a sê-lo  também por sua criatividade artística e cultural. Precisa agora sê-lo no domínio da tecnologia da futura civilização, para se fazer uma potência econômica, de progresso auto-sustentado. Estamos nos construindo na luta para florescer amanhã como uma nova civilização, mestiça e tropical, orgulhosa de si mesma. Mais alegre, por que mais sofrida. Melhor, por que incorpora em sí mais humanidades. Mais generosa, porque aberta a convivência com todas as raças e todas as culturas e porque assentada na mais bela e luminosa província da Terra".

Livro: O POVO BRASILEIRO - A formação e o sentido do Brasil,  Darcy Ribeiro, Editora: Companhia das Letras.

topo


"Jornais são lidos à mesa, durante o café da manhã e durante o jantar. O maior dom que Deus deu ao homem é o apetite: não publiquem nada que possa estragá-lo"  (W.R. Nelson, editor do Kansas City Star, 1915).
(...)
"Como ocorre com todas as concentrações econômicas, a magnitude do dinheiro manipulado pelas organizações varejistas nacionais fornece-lhes um desproporcional poder político. Assím, elas podem contratar grandes escritórios de advocacia, além delobbystas, para influenciar, e às vezes até escrever, as leis nacionais, estaduais e municipais que possam-lhes afetar as operações comerciais e os impostos, nunca para proveito de seus concorrentes de menor porte.
Sendo assim, a publicidade de massa tem contribuído enormemente para o drástico encolhimento das vendas dos pequenos negociantes locais, além de ajudado às corporações nacionais e multinacionais a obterem controle sobre o mercado e poder político".

Livro: O MONOPÓLIO DA MÍDIA, Ben H. Bagdikian, Sritta Editorial.

topo


O século XX será lembrado por três grandes inovações: meios sem precedentes de salvar, prolongar e intensificar a vida; meios sem precedentes de destruir a vida, inclusive pondo a nossa civilização global pela primeira vez em perigo; e percepções sem precedentes da natureza de nós mesmos e do universo. Todos esses tres  desenvolvimentos foram realizados pela ciência e tecnologia, uma espada de dois gumes afiados. Todos três tem origem no passado distante".

Livro: BILHÕES E BILHÕES - Reflexões   sobre a vida e morte na virada do milênio, Carl Sagan - Companhia das Letras.

topo


"A proliferação de pequenos grupos e o surgimento de redes por todo o mundo funcionam de maneira bastante semelhante às redes de coalizão no cérebro humano. Assim como umas poucas células podem provocar um retumbante efeito no cérebro, ordenando a atividade do todo, esses indivíduos cooperativos podem ajudar a criar a coerência e a ordem necessárias à cristalização de uma transformação mais ampla.
Movimentos, redes e publicações estão congregando pessoas em todo o mundo em torno de uma causa comum, traficando idéias transformadoras, difundindo mensagens de esperança sem a sanção de qualquer governo. A transformação não tem pátria".

Livro:  A CONSPIRAÇÃO AQUARIANA - Transformações pessoais e sociais nos anos 80, Marilyn Ferguson - Ed. Nova Era.

topo


"Henderson sublinhou que a dissipação de energia atingiu tais proporções em muitas sociedades industriais avançadas de hoje, que os custos de atividades improdutivas - manutenção de tecnologias complexas, administração de vastas burocracias, mediação de conflitos, controle da criminalidade, proteção dos consumidores e do meio ambiente, etc. - absorvem uma parcela cada vez maior do PNB e, portanto, levam a inflação a níveis sempre crescentes. Henderson criou o termo "estado de entropia" para o estágio de desenvolvimento econômico em que os custos de coordenação e manutenção burocrática excedem a capacidade produtiva da sociedade. Para evitar um futuro tão sombrio, será necessário julgar as necessidades e tecnologias econômicas não em termos de eficiência econômica estritamente definidas, mas em termos de eficiência termodinâmica, o que equivale a uma radical mudança de prioridades. Por exemplo: uma análise econômica em termos de energia e entropia deixa claro que os atuais gastos militares sustentam as atividades mais dissipativas e intensamente consumidoras de energia de que os seres humanos são capazes, na medida em que convertem diretamente em desperdício e destruição, grandes quantidades de energia e materiais armazenados, sem satisfazer quaisquer necessidades humanas básicas".

Livro: O PONTO DE MUTAÇÃO, de Fritjof Capra, Ed. Cultrix.
Leia também:
A TEIA DA VIDA deste Autor.

topo


" A despeito de seus sucessos, contudo, nosso sistema de produção global de aliementos está no processo de minar a própria fundação sobre a qual foi construído. As técnicas, inovações, práticas e políticas que permitiram aumentos na produtividade também minaram a sua base. Elas retiraram excessivamente e degradaram os recursos naturais dos quais a garicultura depende - o solo, reservas de água e a diversidade genética natural. Também criaram dependência de combustíveis fósseis não renováveis e ajudaram a forjar um sistema que cada vez mais retira a responsabilidade de cultivar alimentos das mão de produtores e assalariados agrícolas, que estão na melhor posição para serem os guardiões da terra agricultável. Em resumo, a agricultura moderna é insustentável - ela não pode continuar a produzir comida suficiente para a população global, a longo prazo, porque deteriora as condições que a tornam possível ".

Livro: AGROECOLOGIA - Processos Ecológicos em Agricultura Sustentável, de Stephen R. Gliessman - Ed. da Universidade - UGRGS.

topo


"Não se trata de um catálogo enciclopédico, nem de uma compilação exaustiva do que foi feito no Brasil, mas de um retrato das novas qualidades do território que, vistas de maneira dinâmica, oferecem, ao mesmo tempo, fundamentos para vislumbrar tendências. O território já usado pela sociedade ganha usos atuais, que se superpõem e permitem ler as descontinuidades nas feições regionais. Certas regiões são, num dado momento histórico, mais utilizadas e, em outro, o são menos. Por isso cada região não acolhe igualmente as modernizações nem seus atores dinâmicos, cristalizando usos antigos e aguardando novas racionalidades."

Livro: O BRASIL - Território e Sociedade no Início do Sec. XXIl -  Milton Santos, Maria Laura Silveira - Ed.Record.

topo


"Repetidas vezes, durante toda a história da ciência, teve-se a sensação de que os alicerces estavam desmoronando. A atual mudança de paradigma na ciência evoca novamente essa sensação, mas agora pode ser a última vez, não porque não haverá mais progresso ou mudanças, mas pelo fato que não haverá mais quaisquer alicerces no futuro. Talvez não consideremos necessário, numa ciência futura, construir o nosso conhecimento sobre bases sólidas, e talvez possamos substituir a metáfora da construção pela metáfora da rede. Assim como vemos a realidade ao nosso redor como uma rede de relações, também nossas descrições - conceitos, modelos, teorias - formarão uma rede interconexa, representando os fenômenos observados. Nessa rede, não haverá nada primário ou secundário, nem quaisquer alicerces".

Livro: O TAO DA FÍSICA - Um Paralelo entre a Física Moderna e o Misticismo Oriental, de Fritjof Capra, Ed. Cultrix.

topo


"Dissemos que enquanto o centro estiver criando a escuridão, e o pensamento estiver operando nela, haverá a desordem, e a sociedade será como é agora. Para nos afastarmos disso, temos de ter a visão intuitiva. A visão intuitiva só pode ocorrer quando há um lampejo, uma luz repentina, que elimina não apenas a escuridão como também seu criador."

Livro: A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO - Dialogos entre o Físico David Born e o Filósofo Indiano J. Krishnamurti, Ed. Cultrix.

topo


"Mas o território não é um dado neutro nem um ator passivo. Produz-se uma verdadeira esquizofrenia, já que os lugares escolhidos acolhem e beneficiam os vetores da racionalidade dominante mas também permitem a emergência de outras formas de vida. Essa esquizofrenia do território e do lugar tem um papel ativo na formação da consciência. O espaço geográfico não apenas revela o transcurso da história como indica a seus atores o modo de nela intervir de maneira consciente."

Livro: POR UMA OUTRA GLOBALIZAÇÃO - Do Pensamento Único à Consciência Universal -  Milton Santos, Ed.Record.

topo


"Poderíamos dizer que a imensidão é uma categoria filosófica do devaneio. Sem dúvida, o devaneio alimenta-se de espetáculos variados; mas por uma espécie de inclinação inerente, ele contempla a grandeza. E a contemplação da grandeza determina uma atitude tão especial, um estado de alma tão particular que o devaneio coloca o sonhador fora do mundo próximo, diante de um mundo que traz o signo do infinito"

Livro: A POÉTICA DO ESPAÇO - Gaston Bachelard - Ed. Martins Fontes.
Leia também do autor: A POÉTICA DO DEVANEIO.

topo


"(...) Sinto que estão surgindo preocupações concretas com o futuro da Amazônia. E mudanças que se dão no plano político. O que ocorreu no Amapá, no Acre, me parece um quadro animador. São lideranças políticas absolutamente comprometidas com a preservação e com o desenvolvimento em outros padrões. Em outros Estados também há fortes movimentos surgindo, querendo mudanças no modelo em função de frustrações. Porque é visível a concentração de riquezas e a ampliação da pobreza na região. O surgimento dessa nova consciência e da necessidade de se estabelecer um novo modelo é um fato importante e novo na amazônia. (...)

Livro: AMAPÁ - Um Norte para o Brasil - Diálogos com o governador João Alberto Capiberibe - Organização Nilson Moulin - Ed. Cortez.

topo


Segundo um relatório de fins do século XVIII de Minas Gerais:

"A facilidade que tem havido na concessão das sesmarias tem sido muito prejudicial, porque se tem queimado os matos melhores, e os mais próximos às povoações, as quais já [1780] sentem falta das madeiras, das lenhas e dos capins[...] Além disto não praticam os lavradores alguma forma de cultura porque a exercitam sem beneficiarem as terras, sendo infinitas as que as deste reino [Portugal], se as beneficiassem. Aquela facilidade faz com que os bens da capitania de Minas não sejam estáveis; porque os roceiros , como se lhes não dificulta a concessão de novas terras, não fazem as benfeitorias atendíveis nas que possuem, e as abandonam por quaisquer motivos de conveniência fantásticas."

Livro: A FERRO E FOGO- A História e a devastação da MAta Atlântica Brasileira - Warren Dean - Cia das Letras

topo


"É próprio da tradição carteziana pensar na consciência como algo inerente à cabeça, como se a cabeça fosse o órgão gerador de consciência. Não é. A cabeça é um órgão que orienta a consciência numa certa direção ou em função de determinados propósitos. Mas existe uma consciência aqui, no corpo. O mundo inteiro , vivo, é modelado pela consciência.
Acredito que a consciência e energia são a mesma coisa, de algum modo. Onde você vê, de fato, energia de vida, lá está a consciência. O mundo vegetal, com certeza, é consciente. E, ao viver no campo, como aconteceu comigo quando criança, você pode ver toda uma série de consciências diferentes se relacionando consigo mesmas. Existe uma consciência vegetal, assim como existe uma consciência animal, e nós partilhamos ambas. Quando você ingere certas comidas, a bílis sabe se existe aí algo que exija a participação dela. Esse processo todo é consciência. tentar interpretá-lo em termos simplesmente mecânicos não funciona."

Livro: O PODER DO MITO - Diálogos entre Joseph Campbell e Bill Moyers

topo


Google
 
Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons