BAYAKA foi o nome dado ao conjunto musical, formado por alunos e ex-alunos dos cursos de Música e Musicoterapia da FAP (Faculdade de Artes do Paraná), que desde junho de 2003 executa os mais variados temas da Música dos Povos. A palavra BAYAKA foi escolhida porque, assim como a produção musical do grupo, é exótica e possui uma sonoridade marcante. Além disso, traz em seu significado a reunião de culturas distintas – os pigmeus da África Central dividem-se em três tribos principais: os MBUTTI (Zaire), os TWA (Zaire e Ruanda) e os BABENGA (Congo, R.C. Africana, Gabão e Camarões) cada uma delas tem seus costumes e tradições particulares. A reunião dessas comunidades como um todo, é denominada de BAYAKA ( BA = povo e YAKA = os fortes).
Sob a direção geral de Plínio Silva, que há vários anos desenvolve uma extensa pesquisa acerca da música tradicional de diversos países, os temas do Líbano, Noruega, Inglaterra, Portugal, Brasil, Iraque, Israel, Turquia, Etiópia, entre outros, são adaptados à realidade do BAYAKA, cuja formação engloba oito cantores orientados pela professora Liane Guariente e treze instrumentistas coordenados pelo próprio Plínio.
Os temas instrumentais são transcritos para as partituras por Plínio, que num primeiro momento determina os trechos musicais a serem executados por cada instrumento e logo em seguida abre espaço para que os instrumentistas possam participar ativamente do processo de elaboração dos novos arranjos.
As transcrições dos temas vocais não seguem, necessariamente, os padrões lingüísticos formais de seus países provenientes. Na verdade, Liane se apropria da diversidade fonética para aproximar o que escuta nas versões originais às possibilidades de emissão dos cantores, que escrevem as letras das canções de acordo com suas próprias impressões.
Pigmeus - África do Sul
Assim, o trabalho do BAYAKA baseia-se na interação e na liberdade de “re-criação” (pois “recicla” temas pré-existentes ao interpretá-los sob uma nova perspectiva) de seus integrantes.
Em sua recente trajetória, o BAYAKA participou da II Vitrine de Música da FAP, fez um show independente no Teatro Paiol de Curitiba, apresentou-se nos espaços culturais da FAP e na EMBAP (Escola de Música e Belas Artes do Paraná), abriu o VII Encontro da ABEM – Região Sul e gravou o Programa Ponto de Encontro Cultural da TV Lúmen (PUC – Paraná).
Para cantar, dançar, lutar, é preciso reunir. É este o núcleo do projeto Música dos Povos, o equilíbrio entre conflito e paz, que ocorre seguramente através da música.
Ao embarcar nessa viagem musical, o BAYAKA busca explorar as possibilidades artísticas de seus integrantes que, reunidos ao público, desfrutarão da oportunidade de se envolver e se encantar com a diversidade e a beleza da Música dos Povos.